Envelopes e Ventoínhas!!!

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

UUURRRGGGHHHHH

“Comprei agora um novo portátil, o último que a Compaq lançou… um maquinão!!! É muito porreiro. Pá, custou 459 cts, mas vale bem a pena, é rapidíssimo. Saca-te um filme em DVD, p’raí em 8,49 minutos. Do melhor!”

“Não, deixa estar eu faço … é, pois, por acaso sempre fui muito bom nisso... Tenho jeito, não é? Informática é comigo!! eh, eh, eh…”

“Carros? Pergunta o que quiseres, certamente respondo a tudo, eh, eh, eh!”

- Olha, que pressão é que devo usar nos pneus da frente do meu Renault Clio?

“Pá, como é que te hei-de explicar. Por exemplo, o meu Porshe Carrera, atinge os 107 Km/h em 2,35 Seg.! Do género, em 2.ª, colas ao banco e só te consegues descolar p’raí aos 3,48 Seg. É uma sensação… eu puxo às 3000 e sentes aquelas válvulas todas a abrir e a distribuir potência… até levantas voo!! Eh, eh, eh!! E nas curvas? Nem te passa, uma segurança… a máquina agarra-se mesmo ao asfalto, parece que tem mãozinhas! Comigo, pá, tás na boa!! Vamos a 238 km/h e parece-te que vamos pr’aí a 117 km/h ou coisa parecida…!! É uma loucura o meu Porshe!! Olha, eu sempre conduzi verdadeiros carros, Jaguar, Mercedes, BM, só grandes maquinões, mas como o meu Carrera, não há!”
“Faço Porto – Lisboa em 1h e 47m, contados pelo meu Tagheur, que comprei na Suiça, nas férias de Inverno!”
“Mas qualquer dia vens comigo dar uma volta e depois vamos jantar ao Portvgália, eh, eh, eh!!”

é nestas altura que penso:

Bomba atómica, onde estás tu??

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Segredo; Geheimnis; Cachette; Secret; Secreto

Trrruuummmm, Truuummmm

Parece que já ouço o rufar dos tambores!!! É hoje…
Atingimos, finalmente, o dia em que vou revelar o segredo que tanto apregoei!!!
Espero que estejam preparados…
Sentem-se confortavelmente…
Respirem fundo…
Bebam um copo de água…
e…
Enfronhem-se no post

O que aconteceu foi muito simples. No dia 27 de Janeiro, eu, Jeremias Galhardo, publiquei um post que continha um poema, supostamente de Herberto Helder, chamado “O Corpo”. Esse post, ou mais concretamente, esse poema, serviu de base a um estudo de opinião, que estimulou o meu entendimento, relativamente à poesia, tornando-o mais concreto e definido (o entendimento).

O objectivo do estudo, era saber até que ponto os leitores de poesia, sabiam ou não, analisar um poema, isto é, a partir de que características é que se considera se um poema é ou não de qualidade.

De realçar e de crucial importância para o entendimento destas considerações, é o facto das reacções ao poema publicado terem sido, extremamente positivas, ou seja, o feedback das pessoas que o leram foi do género: “Muito bom!!”, “Estou muito surpreendido com o post que publicas-te, está do melhor.” e “Herberto Helder?? O gajo é muito bom!!”.
Pude concluir com este estudo, que os ingredientes necessários para um bom poema são:
• Palavras bonitas;
• Boa sonoridade na leitura;
• Conteúdos de interpretação praticamente impossível;

e, no caso do autor denotar pouca credibilidade e puder ser alvo de brincadeira:
• Um nome de poeta, que parece verdadeiro.

Para realizar o estudo, tive de criar um poema, escrevendo uma série de frases soltas espalhadas pelo ecrán. Utilizei o Microsoft Word, que nos permite descobrir sinónimos de palavras banais, e, por último, tive de encaixar as frases, tendo o cuidado de as distribuir de uma forma que, aquando da leitura, a sonoridade do poema, acontecesse de uma forma quase musical!
É verdade, foi aqui o Jeremias que escreveu o poema e, garanto-vos, não significa absolutamente nada!!!

O poema, uma vez considerado por muitos, de bastante qualidade, leva-me a concluir que os poetas (os verdadeiros), mais não fazem do que escrever, como já disse, um conjunto de palavras distribuídas em forma de versos.

Prontos… cá está o segredo!!
Eu sei que não é nada muito bonito!!
Provavelmente corro até o risco de contribuir para a criação de algumas inimizades, mas como dizem as pessoas que são interpeladas na rua para darem a sua opinião aos canais televisivos acerca de determinado assunto: “Eu acho que… prontos, como hei-de dizer… prontos!!”

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Chegou o dia!!!
Hoje vai ser um dia importante na curta história do envelopes e ventoinhas.

Fui bafejado pela sorte e, apesar de ter sentido alguma dificuldade, cheguei lá!!

A certa altura da minha vida interroguei-me com uma questão bastante pertinente. Lia poemas e ouvia recitá-los, mas nunca consegui, nem com muito esforço, entender o que é que o “poeta” queria dizer com, nada mais, nada menos, que um agrupamento de palavras bonitas e pouco conhecidas. Este binómio (palavras bonitas e pouco conhecidas), origina a que aquilo a que chamámos poema, tenha um bom aspecto físico e uma vez lido, tem a capacidade de entrar no ouvido de uma forma quase musical.

De pedra em pedra
Te peço
Não morras de sede ou de luz

Daniel Faria

Bom,
perante isto, não me parece que haja muita coisa a dizer, mas ainda assim e para que não hajam dúvidas, eu vou explicar o que se passa.
Este poema de Daniel Faria (um dos grandes poetas contemporâneos), na verdade não significa absolutamente nada. Leio estes versos e o que penso é: um rapaz a saltar de pedra em pedra. Durante os saltos, conversa com uma rapariga que está sentada ali perto e pede-lhe que não morra de sede, nem de luz. Isto leva-me a pensar que o jovem casal está perdido, algures num sítio onde não há água. A rapariga, com menor capacidade física, teve mais dificuldade em resistir à falta de líquidos, o que justifica o pedido do rapaz para que esta não morra de sede. Relativamente à morte de luz, apenas consigo concluir que a jovem sofria da Doença de Addison. Só assim se justifica o receio do rapagote.
Tudo bem, não estão numa situação fácil de resolver. Perdidos, cansados, desidratados e expostos ao sol, com a agravante de a rapariga sofrer da Doença de Addison e não poder estar sujeita à luz. Mais preocupante é repararmos que o jovem só está preocupado com a rapariga, no caso de ela ter o azar de morrer de sede ou de luz, quando hoje em dia já existem muito mais formas de se morrer. Por exemplo, (isto é um suponhamos) imaginemos que surgia do nada uma hélice assassina, completamente possuída por Lúcifer, em direcção ao pescoço da jovem e degolava-a. Ele não estaria preocupado, uma vez que ela não tinha morrido de sede nem de luz.
Não tenho a certeza, mas acredito piamente que Daniel Faria quando escreveu este poema estivesse a relatar uma situação idêntica, ou então, Daniel, tinha acabado de ser mordido no dedo grande do pé esquerdo, por um caniche, enquanto descansava de uma corrida junto ao Douro e quase inconscientemente escreveu este conjunto de palavras distribuídas em forma de frase…

Caros leitores, já é tarde e não quero cansar a Vossa preciosa íris, com uma leitura muito longa.
Este post deveria, como disse ao início, marcar a história do envelopes e ventoinhas. Infelizmente não aconteceu, assim como ainda não foi desta a revelação bombástica da minha descoberta!!!
Peço desculpa por vos ter feito ler isto.

Aguardem-me… a revelação vem a caminho…

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Momento Importante

Descobri!!!

Descobri o segredo...